A Bolsa de Tóquio e de Osaka e outros mercados financeiros do Japão vão reabrir normalmente nesta segunda-feira (14), disse o governo neste domingo, após o forte terremoto seguido de tsunami que atingiram o país, provocando centenas de mortes, destruição e uma crise nuclear.
O ministro dos Serviços Financeiros, Shozaburo Jimi, disse em comunicado que as autoridades vão acompanhar de perto as operações para se assegurar contra qualquer manipulação de mercado por causa do desastre.
O presidente do Banco do Japão (BoJ), Masaaki Shirakawa, disse que o banco central vai aumentar a liquidez do sistema bancário na segunda, reforçando a determinação do banco de manter os mercados estáveis.
O Banco do Japão provavelmente vai colocar recursos da ordem de 2 trilhões a 3 trilhões de ienes por meio de suas operações de mercado já pela manhã, duas a três vezes o valor normal, para acalmar os mercados financeiros e impedir que os juros de curto prazo disparem.
"Vamos monitorar as condições de mercado e planejamos dar aos mercados muita liquidez assim que o dia começar amanhã", disse Shirakawa depois de participar de uma reunião com ministros.
Shirakawa também disse que o banco central vai avaliar cuidadosamente o impacto econômico do terremoto quando o conselho se encontrar para rever a taxa de juros na segunda-feira.
"É muito importante garantir um sistema estável de liquidação e dar bastante liquidez aos mercados", disse ele.
Shirakawa acrescentou que o Banco do Japão fará o possível para se assegurar que cortes de energia elétrica não afetem o sistema financeiro nacional.
Parlamentares japoneses esperam que gastos fiscais moderados e uma política monetária ultra relaxada possam minimizar os danos do terremoto e do tsunami a uma economia que apenas começava a se recuperar.
Os partidos de oposição e de governo já declararam uma trégua para permitir que o governo se concentre na reconstrução do país depois do terremoto que atingiu magnitude 8,9.
O Banco do Japão deve manter a taxa de juros entre zero e 0,1% quando fizer sua reunião de política monetária na segunda-feira. O Banco, contudo, deve abrir a opção de relaxar ainda mais a política monetária caso os danos do terremoto ameacem as possibilidades de o Japão retomar o crescimento econômico moderado que enfrentava.
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