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Mala de dólares derruba assessor do presidente argentino

O escândalo causado por uma mala cheia de dinheiro, que foi transportada num jatinho alugado por uma estatal, deixou o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, na defensiva, no momento em que ele tenta ajudar a mulher que faz campanha para substituí-lo na Presidência, nas eleições de outubro.

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Assessores de Kirchner transferem para chavistas responsabilidade sobre escândalo

No mesmo dia em que os presidentes Néstor Kirchner e Hugo Chávez se encontraram na Bolívia para selar um acordo de cooperação energética, importantes funcionários do governo argentino afirmaram, em Buenos Aires, que são as autoridades venezuelanas que devem explicar o que faziam representantes de seu país no mesmo avião em que viajou o empresário Guido Alejandro Antonini Wilson , que há uma semana tentou entrar na capital argentina com US$ 790 mil.

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Como se não bastasse o envolvimento dos governos da Argentina e da Venezuela no escândalo da mala com US$ 790 mil retida pela Polícia Federal argentina às vésperas da chegada do presidente Hugo Chávez a Buenos Aires, o caso incorporou um terceiro país: a Bolívia. Segundo o ministro do Interior venezuelano, Pedro Carreño, o avião que transportou o empresário Guido Alejandro Antonini Wilson (portador da mala), dois funcionários argentinos e cinco venezuelanos partiu de Caracas, mas fez uma escala no Aeroporto de Viru Viru, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.

Apesar de o governo do presidente Néstor Kirchner ter exigido uma rápida reação de Caracas, o governo venezuelano não parece disposto a assumir a responsabilidade do caso.

- Não há nada mais pessoal do que uma mala. Se você viaja num avião e leva drogas numa mala, trata-se de um fato gravíssimo, mas pessoal. Significa que a responsabilidade não pode ser coletiva - alegou Carreño.

Em Buenos Aires, ministros do governo Kirchner confirmaram que o presidente pediu uma explicação a Chávez num encontro entre ambos, sexta-feira, na cidade boliviana de Tarija.

- Ele (Kirchner) pediu que o caso fosse investigado na Venezuela, assim como estava sendo investigado na Argentina - afirmou Alberto Fernández, chefe de gabinete do presidente argentino.

O jatinho em que viajou o empresário foi fretado pela estatal petrolífera argentina Enarsa, que pagou cerca de US$ 90 mil pelo serviço. Além de Wilson, estavam no avião o ex-interventor do Ente Regulador de Estradas da Argentina Claudio Uberti, afastado semana passada; o presidente da Enarsa, Exequiel Espinosa; e cinco funcionários da Petróleos da Venezuela (PDVSA).

"A PDVSA tem uma grande responsabilidade no que ocorreu", enfatizou Fernández, que acusou a oposição ao governo Kirchner ter tentado aproveitar-se do escândalo para prejudicar a candidatura presidencial da primeira-dama Cristina Kirchner. O presidente do Comitê Nacional da União Cívica Radical (UCR), o senador Gerardo Morales, apresentou uma denúncia penal contra Uberti e Espinosa. Cristina tentará afastar os fantasmas de corrupção que rondam o governo do marido no lançamento, na terça-feira, da chapa presidencial da Frente para a Vitória.

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