| Foto: Breno Baldrati/Gazeta do Povo

Em plena Michigan Avenue, a rua mais famosa de Chicago, a tecnóloga Jean McLean (foto) segura um cartaz de John McCain e grita, a plenos pulmões: "Não vamos deixar que o governo leve nosso dinheiro. Faça como eu, saia do armário para a chapa McCain-Palin." Sair do armário? Ela explica o uso da expressão: "As pessoas estão com medo de fazer campanha para McCain e serem taxadas de racistas. É um absurdo." Jean faz parte de uma organização de mulheres que apóiam a candidatura de Sarah Palin para vice-presidente. Chicago, porém, é o berço-político de Obama e território majoritariamente democrata. Sempre foi nas últimas eleições, e neste ano é ainda mais. Volta e meia, então, Jean recebe um "cala a boca" de um transeunte. O que deve explicar sua reação quando, ainda que discretamente, alguém lhe mostra o polegar: a mulher explode em alegria. "Você, senhor, de camiseta branca, muito obrigada! Eu sou Jean, a encanadora, não deixe que o governo leve seu dinheiro."

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Paranóia

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Taj Uddin, um taxista paquistanês que vive há 25 anos em Chicago, não irá votar na próxima terça-feira. Poderia votar, se quisesse, é legalizado, mas não quer. Para ele, nem McCain nem Obama dividem de suas idéias. E, portanto, segundo ele, não faz sentido algum escolher um líder, um guia que não divida das mesmas opiniões que você. Uma das opiniões de Uddin, por exemplo, é que os ataques de 11 de setembro foram obra dos próprios americanos. "As evidências estão aí, só não vê quem não quer. Veja na internet. Está tudo lá". Uddin foi um ótimo taxistas, mas espero realmente que ele nunca vote para presidente.

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Áudio

Desesperada por qualquer notícia bombástica contra Barack Obama, a campanha republicana se agarrou a mais um "traque" na tarde de ontem. Chegou à mídia um áudio de uma entrevista do democrata ao jornal San Francisco Chronicle. Nela, Obama diz que quem quiser construir uma fábrica movida a carvão vegetal tem a liberdade para tanto, mas logo depois adverte: eles irão falir, porque os impostos sobre esse tipo de fábrica serão imensos. A Pensilvânia, estado-chave para as pretensões de McCain, é a quarta maior produtora de carvão vegetal do país. A ver a reação dos eleitores.

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