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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta sexta-feira (15) que, embora reconheça o momento de angústia da população do Haiti, ele não acredita que haja um retrocesso com uma situação maior de violência no país. O terremoto de 7 graus da última terça-feira (12) deixou entre 50 mil e 100 mil mortos, segundo estimativas da Organização Panamericana de Saúde (Opas).

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Mas o ministro admite que a segurança é uma das preocupações. "O Brasil está levando para lá instrumentos não-letais, como balas de borrachas. Segundo o presidente, com a falta de água, de combustível e alimentação as pessoas começam a ficar revoltadas, embora o povo haitiano seja um povo curtido pela desgraça", disse.

Jobim contou detalhes de sua visita ao Haiti, depois de visitar as obras e ampliação do terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio.

O ministro falou também que acredita que o número de brasileiros mortos no terremoto chegue a 20, entre militares e a fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns. Mais cedo, Jobim disse à TV Globo que o número de militares brasileiros mortos no Haiti havia subido de 14 para 18.

Cinco pontos

Segundo ele, cinco pontos de ação emergencial são determinantes na ajuda humanitária para reconstrução do país que foi atingido pelo terremoto: o sepultamento dos mortos; atendimento aos feridos; retirada de corpos dos escombros; suprimentos e alimentos para as pessoas; e a questão da segurança, para impedir que haja revolta da população que sobreviveu à catástrofe com a demora nos auxílios e ações das autoridades.

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Ele afirmou que, além de alimentos, uma das maiores necessidades da população é água potável. "O Brasil conseguiu uma doação da Ambev de 13 carretas que vem da República Dominicana", disse.

A preocupação do governo haitiano, de acordo com Jobim, é com as telecomuicações, abertura de estradas que foram obstruídas pelos destroços provocados pelos desabamentos de prédios e recuperação do aeroporto de Porto Príncipe, na capital.

"A impressão que se tem é que as autoridades ainda estão impactadas pelo o que aconteceu", afirmou Jobim. Ele disse, no entanto, que o fluxo viário aumentou, mas não há risco que impeça pouso das aeronaves. "É avião para todos os lados e eles precisam fazer manobras. É a situação de caos. Mas já está pousando aviões grandes".

Para Jobim, o ideal é que a coordenação da ajuda humanitária fique a cargo de uma autoridade do próprio país. "É uma forma de evitar sobreposição", justificou.