Uma jornalista egípcia e um veterano cinegrafista do canal de TV britânico Sky News morreram nesta quarta-feira (14) ao serem feridos por tiros nos arredores dos acampamentos dos islamitas no Cairo, durante a violenta operação policial para esvaziar as praças.
Segundo o Sindicato de Jornalistas do Egito e o jornal Gulf News, a jornalista Habiba Ahmed Abelaziz foi morta com um tiro na praça de Rabea al Adauiya, principal reduto dos seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi.
Habiba, de 26 anos, trabalhava para a publicação Xpress, pertencente ao grupo Gulf News, mas não estava na praça a trabalho, de acordo com o veículo.
A Irmandade Muçulmana informou em comunicado que a jornalista é filha de Ahmed Abdelaziz, que foi conselheiro de Mursi durante seu mandato.
Por sua vez, o repórter britânico Deane, de 61 anos e que trabalhava há 15 anos na Sky News, integrava a equipe de jornalistas que cobre os atuais protestos no Cairo.
Em mensagem postada no Twitter, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, expressou sua "tristeza" ao saber do falecimento do cinegrafista Mick Deane "enquanto cobria a violência no Egito".
"Meus pensamentos estão com sua família e com a equipe da Sky News", acrescentou o chefe do Executivo.
Outros repórteres e fotógrafos ficaram feridos nos conflitos, mas o Sindicato de Jornalistas não forneceu mais detalhes.
As forças de segurança egípcias começaram nesta manhã uma operação para desmantelar os acampamentos das praças Rabea al Adauiya e Al Nahda - esta, já totalmente esvaziada.
A operação degenerou em uma escalada da violência em todo o país, com ataques contra delegacias e edifícios governamentais.
O número de vítimas ainda não é claro. A Irmandade Muçulmana denunciaram a morte de mais de 200 pessoas e milhares de feridos entre seus simpatizantes.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião