O jornalista francês Romeo Langlois, libertado quarta-feira (30) pelas Farc no sul da Colômbia após um mês de cativeiro, afirmou nesta quinta-feira (31) em Bogotá que os guerrilheiros tinham dado a ele uma carta para ser entregue ao presidente francês, François Hollande.
"Obviamente eu não posso divulgá-la porque ela é dirigida ao presidente Hollande. Mas as Farc concordaram com sua publicação caso ele deseje", disse durante uma coletiva de imprensa organizada na sede da embaixada da França.
O correspondente da emissora de televisão France 24, sequestrado em 28 de abril durante um ataque a uma brigada militar, quando ele filmava uma operação anti-drogas no sul do país, explicou que tinha "a permissão para ler a carta", porque nela continha "desculpas públicas" por parte dos guerrilheiros.
Os rebeldes, que entregaram o jornalista para uma missão humanitária em uma vila próxima ao local do seu sequestro, pediram desculpas por terem qualificado o repórter como "prisioneiro de guerra", após sua captura.
"Esta é a primeira vez que eles pedem desculpas, e é muito importante essa afirmação de que a imprensa não é uma inimiga", disse Langlois.
Na carta, os guerrilheiros pedem aos "países amigos, especialmente europeus", que "forneçam assistência para uma solução negociada" para o conflito colombiano, acrescentou o jornalista.
Fundada em 1964, a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) possui ainda 9.200 combatentes, escondidos em áreas montanhosas e florestas. Ela comprometeu-se em fevereiro renunciar à prática de sequestro.
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