Dois jornalistas suecos acusados de "apoiar o terrorismo" e de entrada ilegal na Etiópia foram condenados nesta terça-feira (27) a 11 anos de prisão em um julgamento na capital do país.
"A pena será uma condenação de 11 anos de prisão", declarou o juiz Shemsu Sirgaga. A afirmação foi traduzida por um intérprete oficial para o inglês.
"Esta pena cumpre o objetivo de paz e de estabilidade", completou.
A acusação havia pedido 18 anos e meio de prisão.
Os jornalistas Johan Persson e Martin Schibbye foram detidos em 11 de julho perto da fronteira com a Somália, quando estavam com um grupo de combatentes da Frente Nacional de Libertação de Ogaden, que luta contra o governo.
Durante o julgamento, os dois jornalistas admitiram que entraram ilegalmente no território etíope e que tiveram contato com o grupo guerrilheiro, mas apenas para investigar sobre as atividades do grupo petroleiro sueco Lundin Petroleum. Eles sempre declararam inocência das acusações de terrorismo.
Um confronto na época entre o grupo guerrilheiro e o Exército etíope deixou 15 mortos e seis feridos, incluindo os dois jornalistas.