Judeus europeus pediram nesta quinta-feira ao presidente russo, Dmitry Medvedev, que o país observe o Dia Internacional do Holocausto a partir do próximo ano.
O dia que marca a liberação do campo de extermínio nazista de Auschwitz na Polônia, em 27 de janeiro de 1945, é lembrado em muitos países.
"Submetemos nossa proposta a Dmitry Anatolyevich (Medvedev) e esperamos a decisão dele", disse o presidente do influente Congresso Judaico Europeu, Moshe Kantor, a jornalistas depois de se reunir, ao lado de outros 20 membros, com o chefe do Kremlin.
"É importante que as pessoas percebam como a xenofobia é horrível".
Kantor disse que na Rússia o dia seria rebatizado de "Dia do Exército soviético e da liberação de Auschwitz" a fim de homenagear o papel dos soviéticos na libertação do campo.
Grupos judeus reclamam do aumento do antissemitismo na Rússia, mas as autoridades são explícitas na condenação da prática. Em uma visita em 2005 à cidade polonesa de Cracóvia e Auschwitz, o então presidente e hoje premiê Vladimir Putin disse que estava "envergonhado" com o antissemitismo em seu próprio país.
A porta-voz de Medvedev, Natalya Timakova, disse que um encontro no qual "foram discutidas várias questões" aconteceu entre Medvedev e o Congresso nesta quinta-feira, mas não entrou em detalhes.
Cerca de dois milhões de judeus soviéticos morreram durante o Holocausto, embora a maioria tenha sido executada ou levada de países que não são parte da Rússia, como a Ucrânia.
Embora alguns países reservem outros dias para lembrar o Holocausto, a Organização das Nações Unidas (ONU) designou 27 de janeiro como o dia internacional em 2005.