O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou a seu colega norte-americano Barack Obama resposta contendo os temas que Brasil e Estados Unidos poderiam tentar chegar a um maior entendimento, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Amorim disse que a carta tem um tom amistoso e franco, assim como a correspondência enviada a Lula por Obama no fim de semana.
As duas cartas, que não foram tornadas públicas, detalham o posicionamento de ambos os países sobre a suposta tentativa do Irã de obter armas nucleares, sobre as negociações para liberalização do comércio global, a situação política de Honduras e a reunião a ser realizada em Copenhague em dezembro sobre o combate ao aquecimento global.
"Não é necessário concordar sempre. O importante é conversar", disse Amorim a jornalistas antes do início da Cúpula dos Países Amazônicos e da França sobre a questão climática.
"O Brasil tem essa obsessão de que se ele não concorda com os EUA vai cair um raio na nossa cabeça. Não é assim", acrescentou o chanceler brasileiro.
Amorim disse ainda que a carta do presidente Lula a Obama também relata a posição brasileira sobre o Oriente Médio e o Haiti.
"Abordou a questão da Palestina e do diálogo que ele manteve com os chefes de Estado e de governo que vieram ao Brasil recentemente", disse Amorim.
Sobre o Haiti, Lula pediu ajuda dos EUA para reconstruir o país. "No Haiti, já há uma cooperação forte entre Brasil e EUA", afirmou.
Negando que haja uma crise nas relações bilaterais, Amorim disse que teve uma conversa de cerca de uma hora nesta quinta-feira com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e que o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, também conversou recentemente com o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jim Jones.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião