Um juiz da província litorânea de Guaias ordenou na noite de quarta-feira a detenção de Santiago Murray, representante no Equador da empresa brasileira E-vote, que está sendo investigada pela falha no sistema de apuração rápida de votos nas eleições de domingo passado.
Segundo a imprensa local, o juiz número 15 do Tribunal Penal de Guaias ordenou nesta quarta-feira a detenção de Murray, "por 24 horas e com caráter investigativo", atendendo a um pedido da Promotoria.
Um juiz de Quito já havia ordenado a apreensão dos bens da E-vote e proibido a saída do país de Murray, devido às denúncias de um suposto crime de informática.
A E-vote foi contratada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) para a apuração rápida dos votos, mas seu sistema caiu e a empresa não pôde completar o trabalho.
Paulo Martins, presidente da E-vote, descartou uma fraude e culpou o TSE equatoriano pelo colapso do sistema operacional para a transmissão de resultados.
Martins disse hoje em Quito que o problema foi causado pela mudança no formato de atas dos resultados da eleição. O sistema não reconheceu os dados e situou resultados nos lugares errados.
A empresa brasileira não concluiu a recontagem rápida dos votos. O sistema de informática da E-vote parou na madrugada de segunda-feira quando havia contabilizado 70,5% dos votos. Até a interrupção, o candidato multimilionário Álvaro Noboa tinha uma vantagem de 4% em relação ao esquerdista Rafael Correa.
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