A Corte Superior do Condado da Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, rejeitou nesta quarta-feira o recurso apresentado pelo condenado à morte Troy Davis, que deve ser executado na noite desta quarta-feira (21), confirmou à AFP um de seus advogados.

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O juiz Thomas Wilson "rejeitou" os recursos apresentados na manhã desta quarta-feira e "agora vamos apelar à Suprema Corte da Geórgia", disse o advogado Brian Kemmer duas horas antes da injeção letal em Troy Davis, condenado à morte em 1991 pelo assassinato de um policial.

Davis, cujo caso provocou uma onda de protestos em todo o mundo, apresentou na manhã de hoje dois recursos para evitar sua execução, às 19H00 local (20H00 Brasília), insistindo sobre sua inocência e nas diversas dúvidas provocadas pelo processo judicial.

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Um recurso de habeas corpus e outro para deter a execução foram apresentados na Corte Superior do condado de Butts, na Geórgia, que esta tarde rejeitou as duas medidas.

Após saber da decisão do Comitê de Indultos da Geórgia, que negou seu pedido de clemência, Davis solicitou na terça-feira para ser submetido a um detector de mentiras, o que também foi negado. No corredor da morte há 20 anos pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, Davis foi condenado à pena capital após um processo repleto de vícios judiciais que apresentaram dúvidas sólidas sobre a inocência do culpado.

Apresentado por seus defensores como o exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis recebeu o apoio de personalidades como o ex-presidente americano Jimmy Carter, o papa Bento XVI ou a atriz Susan Sarandon e centenas de manifestações pedindo o indulto foram realizadas em todo o mundo.

Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA foi revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a justiça de rever seu veredicto.

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