A juíza federal norte-americana Kathleen Cardone rejeitou como prova hoje um passaporte guatemalteco falsificado contendo a foto do ex-agente da CIA (agência de inteligência norte-americana) Luis Posada Carriles, julgado nos Estados Unidos pela acusação de mentir para funcionários da imigração. Ao rejeitar a prova, a juíza alegou que a promotoria "não autenticou adequadamente" o conteúdo do passaporte falsificado, o que pode enfraquecer o processo contra o réu de 82 anos de idade.
Duas das 11 acusações pendentes contra Carriles estão relacionadas ao passaporte falsificado, que contém uma fotografia do réu sob a identidade de Manuel Enrique Castillo López. Ele é um militante anticomunista envolvido em uma série de ações clandestinas contra o ex-presidente Fidel Castro e ataques contra alvos cubanos, é julgado nos EUA por perjúrio, obstrução à justiça e fraude imigratória. Ele é acusado de ter mentido sob juramento a autoridades norte-americanas em 2005.
Nascido em Cuba e naturalizado venezuelano, Carriles atuou como agente da CIA entre 1960 e 1976, segundo documentos da própria agência norte-americana de espionagem divulgados nos últimos anos. Ele foi condenado à revelia pelo atentado que, em 1976, derrubou uma aeronave comercial da companhia Cubana de Aviación, no qual 73 pessoas morreram, e como mentor de uma série de explosões contra hotéis em Cuba na década de 1990, nas quais um turista italiano morreu. As informações são da Associated Press.
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