O Tribunal Especial que julga o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e sete de seus antigos colaboradores decidiu nesta quarta-feira adiar o processo até a próxima segunda-feira, informaram fontes judiciais.
O adiamento se deve ao fato de que os analistas da promotoria que nesta quarta-feira deveriam entregar ao tribunal um relatório sobre as assinaturas de Saddam e outros colaboradores em vários documentos não compareceram à sessão, que durou poucos minutos e na qual também não estiveram presentes os acusados.
Esses documentos foram apresentados à corte em sessões anteriores e, aparentemente, envolvem o ex-ditador e vários de seus antigos assessores na execução de dezenas de xiitas iraquianos.
Em uma sessão anterior, Saddam rejeitou a validade desses documentos. Ele disse que era fácil falsificá-los e exigiu que as assinaturas fossem examinadas por analistas internacionais.
O julgamento dos oito acusados por envolvimento no massacre de 148 xiitas em 1982, após uma tentativa de assassinato de Saddam durante uma visita feita pelo então presidente à aldeia de Duyail, ao norte de Bagdá, foi iniciado em 19 de outubro do ano passado.