Um tribunal criminal francês informou hoje que remarcou para 4 de agosto a decisão sobre se lançará ou não um inquérito formal em torno das acusações de que a atual diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, abusou de sua autoridade em 2007.
O Tribunal de Justiça da República, corte especial que lida com assuntos criminais envolvendo a atuação de ministros, afirmou que atrasou a decisão que sairia inicialmente hoje pela ausência de um membro do painel do tribunal em uma reunião.
Lagarde substituiu Dominique Strauss-Kahn na chefia do FMI mais cedo nesta semana. Strauss-Khan renunciou após ser acusado de crimes sexuais em Nova York, mas afirma ser inocente.
Parlamentares do oposicionista Partido Socialista afirmaram que Lagarde abusou de sua autoridade em 2007, quando era ministra das Finanças, ao lidar com uma controvérsia entre o empresário Bernard Tapie e o governo. Lagarde já repetiu várias vezes que sua intervenção no caso foi dentro da lei e negou qualquer irregularidade.
Os parlamentares que levaram o caso à Justiça questionam se um órgão estatal que estava em disputa com Tapie poderia chegar a um acordo através de uma arbitragem. A oposição aponta uma lei que proíbe as agência estatais de utilizarem a arbitragem para resolver divergências.
Advogados de Lagarde já alegaram que o órgão controlado pelo Estado estava registrado como uma entidade comercial, portanto poderia buscar uma solução para suas diferenças com Tapie através de uma arbitragem.
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