Um tribunal egípcio recomendou neste sábado a pena de morte para 21 acusados do massacre no estádio de Port Said, onde em fevereiro do ano passado 74 pessoas morreram nos enfrentamentos entre torcedores de dois clubes de futebol rivais.
O presidente do tribunal ordenou a transferência dos processos dos 21 acusados ao mufti da República, para que então a máxima autoridade religiosa do país dite sua opinião sobre a execução dos acusados.
A corte ordenou além disso que os 50 acusados restantes do caso permaneçam presos até a sentença definitiva.
Em 1º de fevereiro de 2012, 74 pessoas morreram e 254 ficaram feridas nos enfrentamentos no estádio de Port Said, que envolveu os torcedores do clube local, Al Masry, e do Al Ahly, do Cairo, o mais popular do país.
Segundo constatou a Agência Efe, o público presente no tribunal ficou exultante com a decisão do presidente do tribunal. Do lado de fora, um grande número de torcedores do Al Ahly celebraram a sentença, assim como em frente à sede do clube, no bairro de Zamalek.
Em Port Said, ocorreram distúrbios nas imediações da prisão da cidade logo após o anúncio da decisão.
Um grupo tentou invadir a penitenciária para libertar os réus. Carros foram queimados nas ruas da cidade.
A sentença foi anunciada após um dia de extrema tensão no Egito, que ontem lembrou o segundo aniversário da revolução contra Hosni Mubarak com protestos nos quais morreram pelo menos nove pessoas e centenas ficaram feridos.
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