A Procuradoria Geral egípcia ordenou neste domingo a detenção de dois dirigentes do braço político da Irmandade Muçulmana, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), e de um destacado clérigo islamita para interrogá-los pela acusação de incentivarem a morte de manifestantes.

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A televisão estatal do país informou que a Procuradoria emitiu uma ordem para prender o vice-presidente do PLJ, Esam el Arian, o membro de sua executiva Mohammed el Beltagui e o clérigo islamita Safwat Higazi.

A ordem foi dada em meio a investigações sobre a morte de manifestantes em fatos recentes ocorridos em frente à sede da Irmandade Muçulmana no bairro de Moqatam, no Cairo.

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A Procuradoria já havia decidido anteriormente manter em prisão preventiva durante 15 dias o presidente do PLJ, Saad al Katatni; o "número dois" da Irmandade, Jairat al Shater; o ex-líder do grupo Mohammed Mahdi Akef; e o vice-guia espiritual dos Irmãos, Rachad Bayumi.

Todos eles enfrentam acusações de incentivarem a morte de manifestantes pacíficos e de posse de armas e explosivos no escritório do guia espiritual do grupo para aterrorizar os congregados.

Já a Procuradoria do Sul de Guiza, junto ao Cairo, ordenou neste domingo a detenção por 15 dias do dirigente salafista Hazem Salah Abu Ismail para interrogá-lo pela acusação de incentivar a morte de pessoas em protestos realizadas recentemente na praça de Al-Nahda, na província de Guiza, nas quais pelo menos nove pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.