Promotores franceses receberam uma acusação de tentativa de estupro realizada pela escritora e jornalista Tristane Banon contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou hoje um funcionário do Judiciário, segundo o Wall Street Journal. "Acabamos de recebê-la", disse a fonte. "Nós a examinaremos e tomaremos uma decisão sobre como proceder."
Banon acusa Strauss-Kahn de ter tentado estuprá-la em fevereiro de 2003, quando a escritora o encontrou para uma entrevista para um livro. Um advogado de Strauss-Kahn - que foi libertado de prisão domiciliar na semana passada em Nova York, após surgirem dúvidas sobre a credibilidade de uma camareira que o acusou em outro caso por crimes sexuais - disse que seu cliente o havia instruído a preparar uma queixa por calúnia contra a escritora.
O advogado do político francês, Henri Leclerc, disse que a queixa por calúnia está pronta e deve ser entregue nos próximos dias. Os promotores de Paris podem realizar uma investigação preliminar e então decidir se designam um magistrado investigador para examinar o caso. Também podem arquivá-lo. Uma condenação por tentativa de estupro pode resultar em uma pena de até 15 anos de prisão.
Hoje, os advogados de Strauss-Kahn devem pedir durante audiência que os promotores retirem as acusações no processo dos EUA, segundo pessoas ligadas ao assunto. Como esse caso perdeu força, cresceram as esperanças dos partidários de que Strauss-Kahn busque a nomeação do Partido Socialista para ser candidato à presidência da França em 2012, disputando com o presidente Nicolas Sarkozy. O caso apresentado por Banon, porém, lança mais dúvidas sobre essa possibilidade.
Banon, hoje com 32 anos, falou sobre o caso pela primeira vez em 2007, em entrevista a uma televisão francesa. Segundo ela, Strauss-Kahn a agarrou e tornou-se violento e tirou seu sutiã à força, antes de ela conseguir correr para escapar do apartamento em Paris onde ocorria o encontro. Na época, ela disse que decidiu não acusá-lo na Justiça por temer que isso se tornaria uma mancha em seu currículo.
O advogado da escritora, David Koubbi, disse na segunda-feira que Banon estava agora esperando pois não queria ser associada com o caso de Nova York. Em entrevista à revista L'Express esta semana, Banon disse que decidiu processar Strauss-Kahn porque "não aguentava mais ouvir que eu era uma mentirosa porque não havia feito a acusação formal".
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