Rebeldes preparam ataque a forças de Kadafi nas proximidade de Ras Lanuf, importante centro de escoamento da produção de petróleo| Foto: Goran Tomasevic/Reuters

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Ex-ministro da Justiça tenta se cacifar como sucessor de Kadafi

Trípoli - Aproveitando-se da popularidade que obteve ao se desligar do regime de Muamar Kadafi logo no início dos choques, o ex-mi­­nistro da Justiça Mustafa Abdel Jalil se autodeclarou presidente do Conselho Nacional da Líbia, a primeira instituição criada pelos rebeldes.

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Trípoli - Rebeldes e forças leais ao ditador líbio Muamar Kadafi travaram ontem violentos confrontos em Trípoli e mais duas localidades, com saldo de ao menos 37 mortos, indicando uma escalada na disputa pelo controle das principais cidades no país.

Na capital, forças de segurança dispersaram com violência os manifestantes opositores que se juntaram ao final das orações das sextas para pedir a saída do líder. Os rebeldes, concentrados em bairros retirados do centro – reduto governista –, entoavam gritos de "Kadafi é inimigo de Deus’’ quando se viram alvos de bombas de gás lacrimogêneo e de munição real, segundo relatos.

Estimativas indicavam a presença de "centenas’’ de pessoas nos protestos. Segundo a tevê Al Jazeera, ao menos cem foram detidas. Jornalistas foram impedidos de deixar os seus hotéis para cobrir os protestos.

Confrontos

Mas foi em Zawiyah, a cerca de 50 km da capital, que ocorreram os mais fortes confrontos, após forças pró-Kadafi promoverem no­­va investida para tentar re­­conquistar a cidade – o bastião re­­belde mais próximo de Trípoli, reduto do governo.

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De acordo com relatos, pelo me­­nos 37 pessoas foram mortas, e outras dezenas ficaram feridas. No final do dia, o governo reivindicou o controle da cidade, mas a informação não foi confirmada. "Talvez ainda haja alguns bolsões [sob controle rebelde], mas fora isso a cidade foi libertada’’, disse um membro do governo de Kadafi.

Durante os confrontos, o lí­­der dos rebeldes na cidade, um oficial desertor, morreu.

Em Ras Lanuf, na região central da costa líbia, foram os re­­beldes que promoveram uma ofensiva contra as forças ainda leais a Kadafi.

Enfrentaram forte resistência, mas ao final do dia também reivindicaram controle da cidade portuária, importante para o escoamento da produção de pe­­tróleo.

A cidade abriga ainda uma refinaria, oleodutos, um aeroporto e uma base militar.

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Até o início desta semana, a cidade era a divisa informal en­­tre o leste dominado pelos rebeldes e as porções centrais do país em torno de Sirte – terra de Ka­­dafi – ainda controladas pelo governo.