O partido governista Kadima e os trabalhistas chegaram nesta segunda-feira (13) a um acordo preliminar para formar um governo de coalizão dirigido por Tzipi Livni, atual ministra israelense de Relações Exteriores. A informação foi divulgada pela rádio pública de Israel.
Representantes dos dois partidos, que já são parceiros no governo do primeiro-ministro Ehud Olmert, do Kadima, firmaram o esboço do acordo, que ainda precisa ser finalizado e ratificado por instituições partidárias, disseram as fontes.
Uma parceria política com o Partido Trabalhista deixaria Livni perto de atingir uma maioria parlamentar. Autoridades do Kadima dizem que Livni planeja continuar seus esforços para convencer o partido ultra-ortodoxo Shas a se juntar à coalizão liderada por ela.
Livni tem prazo até começo de dezembro para formar o governo. Ela havia sido incumbida da tarefa pelo presidente Shimon Peres, em 22 de setembro, um dia depois de Ehud Olmert ter oficializado sua renúncia como primeiro-ministro.
O governo deve atuar até o fim da atual legislatura parlamentar, em 2010.
Livni venceu as primárias de seu partido, o Kadima. Caso consiga fechar o acordo para formar o governo de coalizão, ela se transformará na segunda primeira-ministra nos 60 anos de história do Estado de Israel, após a lendária Golda Meir, que conduziu o governo entre 1969 e 1974.
Para viabilizar o governo, ela precisa do apoio de pelo menos 61 dos 120 deputados do Parlamento israelense ou alcançar uma maioria simples que dependa do apoio pontual de pequenos partidos.
A atual coalizão governamental tem 64 cadeiras: 29 do Kadima, 19 trabalhistas, 12 do partido ultra-ortodoxo Shas e quatro do Partido dos Aposentados.
Mas, se a líder da diplomacia israelense fracassar em sua missão, Peres pode encarregar outra pessoa a formar o governo ou convocar eleições antecipadas, possivelmente para março de 2009.
Desde que venceu as primárias do Kadima, Livni havia se reunido com líderes de diferentes partidos para elaborar uma nova coalizão.