O ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic pediu nesta sexta-feira às Nações Unidas que validem um acordo de imunidade recusado pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPIY).
Karadzic, de 64 anos, vem tentando sem sucesso adiar o julgamento em Haia, na Holanda, e fazer com que sejam anuladas as acusações contra seu papel na guerra. Ele pode pegar prisão perpétua por 11 delitos de crimes de guerra, crimes contra a humanidade, assassinato, deportação, terror e ataques ilegais contra civis.
Seu julgamento começará em 26 de outubro em Haia, determinaram os juízes na quinta-feira, depois de rejeitarem as alegações de imunidade feitas por ele.
Karadzic liderou os sérvios da Bósnia na guerra de 1992-1995, que matou 100.000 pessoas. Ele tentou obter a anulação das acusações alegando que o ex-mediador norte-americano do processo de paz na Bósnia, Richard Holbrooke, lhe ofereceu imunidade em 1996 se ele deixasse a vida pública.
Holbrooke negou várias vezes que tenha feito isso e no começo desta semana o tribunal também rejeitou qualquer reivindicação de imunidade, bem como o apelo de Karadzic para o adiamento do início do julgamento por 10 meses, para se preparar.
"Em 12 de outubro, a Câmara de Apelações do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia determinou que o acordo com o sr. Holbrooke não tinha efeito sem uma resolução do Conselho de Segurança. Portanto, eu apreciaria se vocês elaborassem a resolução requerida", escreveu Karadzic em uma carta.
"Eu mantive minha parte no acordo", disse ele, acrescentando que Holbrooke não cumpriu sua parte e pedindo que o Conselho de Segurança "honre o acordo".
O ex-líder servo-bósnio também é acusado por dois delitos de genocídio referentes ao cerco de 43 meses de Sarajevo e ao massacre de 8.000 homens e meninos muçulmanos em Srebrenica.
Depois de 11 anos foragido, Karadzic foi preso no ano passado e levado a Haia para julgamento. Ele nega todas as acusações.
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