O secretário de Estado americano, John Kerry, reconheceu que a espionagem por parte dos serviços de inteligência do país tem ido "longe demais" em alguns casos. Durante a conferência Open Government Partnership, em Londres, Kerry, que falou da Ásia em uma videoconferência, disse que o governo dos EUA vai tentar garantir que essas ações "não voltem a acontecer no futuro".
Com essa declaração, o secretário de Estado torna-se o mais alto cargo do governo de Barack Obama a falar abertamente sobre a polêmica de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).
"O presidente e eu sabemos que algumas coisas vêm ocorrendo em grande parte no piloto automático, porque existe a tecnologia e a capacidade para isso", disse ele antes de defender a política de espionagem dos EUA.
"Na realidade, temos evitado que aviões sejam derrubados, que edifícios sejam explodidos e que pessoas sejam assassinadas porque fomos capazes de saber com antecedência desses planos", afirmou.
Para aliviar o desconforto gerado principalmente na Europa pela alegada espionagem maciça que teria afetado líderes políticos e cidadãos europeus, Kerry garantiu que "pessoas inocentes não estão sendo abusadas nesse processo, mas é um esforço para reunir informações".
As novas revelações sobre a extensão da vigilância dos EUA a líderes europeus complicou as relações diplomáticas de Washington com alguns de seus principais aliados.
As declarações de Kerry vem após alguns países asiáticos terem protestado contra essas práticas americanos, que teriam tido colaboração da Austrália. É o caso da China, que pediu explicações aos EUA. E Indonésia, que convocou o embaixador australiano em Jacarta para prestar esclarecimentos.
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