Os latino-americanos acreditam que saúde, educação, pensões e serviços públicos devem ser comandados pelo governo em seus países, muitos dos quais elegeram governadores esquerdistas nos últimos anos, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira (14).

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De acordo com os dados divulgados na pesquisa anual Latinobarômetro, mais de 80 por cento dos moradores da região e da República Dominicana - num universo total de 400 milhões de pessoas - são a favor de que esses serviços fiquem nas mãos do governo.

"Há um estatismo desmedido na América Latina", disse marta Lagos, diretora-executiva do Latinobarômetro.

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A pesquisa ouviu 20.217 pessoas em 18 países entre 1º de setembro e 11 de outubro, e tem uma margem de erro aproximada de 3 pontos.

"O surpreendente a respeito dos resultados é que os cidadãos preferem um maior controle estatal nessas áreas, apesar do fato de que eles estão nas mãos de particulares por anos", disse a pesquisa.

Os serviços públicos e sociais, como saúde e pensões, foram privatizados em alguns países da América Latina nas últimas décadas.

Mas nos últimos dez anos, houve uma mudança política para a esquerda na região.

Na Argentina, no Chile e no Uruguai, cerca de 90 por cento acreditam que as pensões deveriam estar nas mãos do Estado. Todos esses países possuem sistemas de pensão privados. E 78 por cento dos entrevistados no Chile acreditam que o sistema de telecomunicações, privatizado há 20 anos, deveria ser controlado pelo governo.

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O relatório diz que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, estava ciente do apoio a um maior controle estatal quando decidiu recentemente nacionalizar fundos de pensão privados.

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