Paris – Em sua última eleição presidencial – segundo ele mesmo afirmara –, o ultraconservador Jean-Marie Le Pen, 78 anos, não repetiu a performance de 2002, quando chegou ao segundo turno, e acabou eliminado, em quarto lugar. Pior, alcançou seu mais baixo apoio popular: 10,51%, frente a 16,86% em 2002.

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Daqui para frente, o deputado europeu e presidente da Frente Nacional desfrutará de um novo papel histórico na França, dizem cientistas políticos. "Entre os anos 90 e início dos 2000, a classe política francesa não se renovava e cresceu a fatia do eleitorado que não confiava nem na direita, nem na esquerda. Le Pen surgiu assim, como um voto de protesto", analisa o cientista político Jean-Yves Camus. Ainda visto como sintoma de intolerância e racismo emergente no país, o "lepenismo" será analisado como o fenômeno que pautou a vida política francesa. Não é coincidência o peso que temas como nacionalismo, imigração e identidade tiveram na campanha de 2007.

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