A líder do partido de extrema-direita da França, Marine Le Pen, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial do último domingo, disse nesta quinta-feira (26) que aguarda uma resposta à uma pergunta específica que fez ao presidente Nicolas Sarkozy antes de decidir se irá apoiá-lo na segunda etapa da disputa, em 6 de maio.
Sarkozy, na quarta-feira (25) descartou o apoio da extrema direita, mas disse que será receptivo a algumas demandas dessa parcela do eleitorado. Ele disputará o segundo turno em 6 de maio contra o candidato do Partido Socialista (PS), François Hollande.
"Fiz uma pergunta simples, muito simples. Estou esperando que Nicolas Sarkozy e que o secretário geral do (partido governista) União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, respondam", disse Le Pen numa entrevista à rádio RTL.
Le Pen disse que pediu a Sarkozy e ao secretário-geral que digam com clareza quem eles apoiariam nas eleições parlamentares se um candidato de seu partido, a Frente Nacional, viesse a enfrentar um rival socialista.
Para Le Pen, "tudo que há poucos dias era estigmatizado por Sarkozy e sua trupe...(que) éramos xenófobos, antissemitas, racistas, (que) a preferência pelos nacionalistas era uma vergonha, (que) estávamos à margem da República...já não existe mais". Isso, afirmou, é uma prova de que os seguidores da Frente Nacional vinham sendo insultados havia anos por questões eleitorais.
Marine Le Pen teve 17,9% dos votos no primeiro turno, em 22 de abril. Hollande, primeiro colocado, teve 28,5% dos votos, enquanto Sarkozy obteve 27%. Le Pen defende que a França abandone o euro e volte a ter o franco como moeda. Ela também dirige sua ira aos milhões de muçulmanos que vivem na França, ao comparar islâmicos que rezam nas ruas por falta de espaço nas mesquitas aos ocupantes da Alemanha nazista na França, entre 1941 e 1945. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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