O governo libanês vai pedir a extradição da libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, de 38 anos, presa no último fim de semana em São Paulo.

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O pedido será feito por meio da Interpol, já que Líbano e Brasil não têm acordo de extradição.

Rana Koleilat foi detida sob suspeita de envolvimento com terrorismo e tráfico de armas. Ela estava sendo procurada pela Interpol e estaria supostamente ligada ao atentado que resultou na morte do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik al-Hariri, em fevereiro de 2005. A libanesa é acusada também de aplicar golpes em bancos de seu país que somariam mais de US$ 1 bilhão.

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Ela foi transferida nesta terça-feira da 7ª Delegacia Seccional, na Zona Leste da capital paulista. Delegados que atuam no caso informaram que ela ficará detida na 89º DP - uma prisão feminina no Morumbi - ou no Cadeião de Pinheiros 4, também destinado a mulheres.

O advogado de Rana, Vitor Mauad, disse que ela teme ser extraditada. A libanesa alega ser perseguida política em seu país e afirma que seu passaporte não é falso. Ela diz que há interesse político em sua extradição. O advogado acrescentou que já pediu ao juiz o relaxamento da prisão de sua cliente.

Rana Koleilat foi presa no domingo à noite pela Polícia Civil de São Paulo, em um flat na Zona Leste da capital, e levada para a delegacia do bairro de Itaquera. Segundo a polícia, o passaporte da libanesa é da Irlanda do Norte, mas pode ser falso. Ela teria oferecido US$ 200 mil aos policiais no momento em que recebia voz de prisão, numa tentativa de suborná-los.

Nesta terça-feira, os jornais do Líbano destacaram a prisão de Rana.

A morte do ex-primeiro-ministro Hariri num atentado com explosivos numa rua central de Beirute mergulhou o Líbano em crise grave. Protestos de massa acusaram a Síria pelo assassinato e forçaram Damasco a se curvar à pressão internacional e retirar suas tropas do Líbano dois meses depois do atentado. Desde então, uma série de assassinatos e atentados a bomba vêm ocorrendo e suscitando temores de uma divisão do país, ainda assombrado pelo passado de guerra civil.

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