O governo líbio informou nesta terça-feira que estava pronto para negociar reformas, mas rechaçou o desejo do Ocidente de que Muamar Kadafi renuncie, argumentando que ele é uma figura que unifica o país, após comandar a nação por quatro décadas. Já um filho de Kadafi, Seif al-Islam, criticou o ex-ministro das Relações Exteriores Moussa Koussa, que abandonou o governo e fugiu para o Ocidente na semana passada, qualificando-o como "doente e velho" e como um homem que sucumbiu às pressões de uma guerra.

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Mussa Ibrahim, um porta-voz do governo, disse em Trípoli que a saída de Kadafi não era algo negociável. O líder líbio cumprimentou ontem partidários, em sua primeira aparição pública desde o último dia 22. O ato ocorreu em sua residência de Bab el-Aziziya, bombardeada pelas forças da coalizão há dois dias, informou a televisão estatal.

Seif al-Islam, visto como sucessor do pai antes do início da onda de protestos pelo país, apareceu rapidamente em um hotel de Trípoli para gravar uma entrevista para a BBC, onde criticou Koussa. Seif, que não aparecia em público desde o início dos ataques aéreos da coalizão internacional, em 19 de março, disse que Koussa recebeu autorização para deixar o país em busca de tratamento médico. Segundo ele, Koussa não tem segredos para oferecer. O governo retirou sanções contra Koussa após ele desertar e seguir para a Grã-Bretanha, uma medida que busca enfraquecer ainda mais o círculo próximo de Kadafi, incentivando mais deserções.

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Quanto aos confrontos, forças rebeldes recuaram nesta terça após serem alvos de disparos de artilharia perto da cidade petrolífera de Brega. Nenhum dos dois lados, porém, fez avanços significativos nos últimos dias. Na semana passada, as forças de Kadafi retomaram alguns terminais estratégicos de petróleo no leste da Líbia, apesar de sofrerem com ataques aéreos liderados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os ataques internacionais são amparados por uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) pela proteção dos civis líbios. As informações são da Dow Jones.