Um navio da petrolífera italiana Eni SpA recebeu ordem para deixar o porto líbio de Zawia, disseram fontes do mercado de transporte petrolífero à Dow Jones, e os portos líbios são fechados enquanto a tensão política cresce no país do Magreb. Todos os portos, incluídos Zawia, Tripoli, Benghazi e Misurata, foram fechados, disseram os operadores na Líbia. O estado de força maior foi declarado nas importações de gasolina e diesel. Os operadores esperam que os portos sejam reabertos em dois ou três dias. A Líbia exporta petróleo, mas não refina gasolina e diesel.
A companhia Eni informou que suspendeu parte de sua produção na Líbia, incluindo as operações no gasoduto Greenstream, que envia para a Itália cerca de 10% das necessidades de gás natural do país. A Eni é a companhia internacional com as maiores operações na Líbia.
O gasoduto Greenstream liga a Líbia à Itália e tem capacidade de transporte anual de 8 bilhões de metros cúbicos. A Eni não deu o nome das outras instalações que foram parcialmente fechadas.
A companhia não sabe quanto tempo suas atividades na Líbia ficarão suspensas, afirmou o porta-voz Gianni Di Giovanni à SkyTG24. No entanto, ele garantiu que a Eni pode atender a necessidade de gás de todos os seus clientes por "muitos meses", mesmo com a suspensão das operações no país.
A petrolífera espanhola Repsol YPF informou nesta terça-feira que está suspendendo todas as suas operações na Líbia, incluindo o poço petrolífero Shahara, em meio à crescente rebelião política no país do Norte da África. Um porta-voz da Repsol disse à Dow Jones que a suspensão significa a interrupção total da exploração e produção de petróleo e gás natural na Líbia.
O enorme poço Shahara produz mais de 200 mil barris por dia e é explorado em conjunto pela Repsol, pela francesa Total SA e pela austríaca OMV AG. A Líbia responde por cerca de 3,8% da produção da Repsol, ou pouco mais de 30 mil barris diários, o que corresponde a 7% do consumo diário da Espanha. As informações são da Dow Jones.
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