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Investigação

Líbia prende suspeitos envolvidos em ataque a consulado dos EUA

Os manifestantes tentaram invadir a embaixada americana na capital do Iêmen, Sanaa | AFP Photo/Mohammed Huwais
Os manifestantes tentaram invadir a embaixada americana na capital do Iêmen, Sanaa (Foto: AFP Photo/Mohammed Huwais)
Manifestantes são dispersados pela polícia do Iêmen durante protestos na embaixada americana em Sanaa |

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Manifestantes são dispersados pela polícia do Iêmen durante protestos na embaixada americana em Sanaa

Policial aponta a arma de gás lacrimogênio para manifestantes nas ruas próximas à embaixada dos EUA no Egito |

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Policial aponta a arma de gás lacrimogênio para manifestantes nas ruas próximas à embaixada dos EUA no Egito

Manifestantes queimam a bandeira americana na cidade de Sadr, que fica a nordeste de Bagdá |

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Manifestantes queimam a bandeira americana na cidade de Sadr, que fica a nordeste de Bagdá

Protesto na cidade de Basra, no Iraque, teve faixas. Na mensagem à frente, lê-se:

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Protesto na cidade de Basra, no Iraque, teve faixas. Na mensagem à frente, lê-se:

Manifestante passa por veículo destruído em uma das ruas que levam à embaixada dos EUA no Cairo, Egito |

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Manifestante passa por veículo destruído em uma das ruas que levam à embaixada dos EUA no Cairo, Egito

O novo primeiro-ministro líbio, Mustafa Abu Shagur, anunciou nesta quinta-feira (13) à AFP um importante avanço na investigação do ataque contra o consulado americano em Benghazi e que, inclusive, foram realizadas algumas prisões. "Fizemos um importante avanço. Temos nomes e fotos. Foram realizadas prisões e outras estão sendo feitas no momento", declarou Abu Shagur em sua primeira entrevista desde sua eleição como chefe do novo governo de transição.

O premiê não deu detalhes sobre o númerou ou a militância dos detidos. "Não queremos prender essa gente antes de conhecê-la com precisão", acrescentou. As autoridades líbias haviam anunciado nesta quinta a criação de uma comissão para investigar o ataque no qual a Al-Qaeda estaria envolvida.

O ataque, terça-feira à noite, dia do 11º aniversário dos atentados de 11 de setembro, provocou uma onda de condenações internacionais, especialmente nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama pediu a colaboração de Trípoli para deter e levar à justiça os autores do ataque.

Quase um ano depois da queda do regime de Muamar Kadhafi, o ataque evidencia mais uma vez a incapacidade das autoridades líbias de garantir a segurança no país, onde as milícias armadas impõem a lei. O porta-voz da Alta Comissão de Segurança do ministério do Interior, Abdelmonem al-Horr, informou à AFP que uma "comissão independente" foi criada para investigar o ataque. A comissão será presidida por um juiz e reunirá a especialistas dos ministérios da Justiça e Interior.

Questionado sobre eventuais detenções no caso, Al-Horr respondeu de maneira positiva, mas sem revelar detalhes. O porta-voz destacou que a investigação é "muito complicada", pois a multidão presente no perímetro do consultado "não era homogênea". "Havia extremistas, simples cidadãos, mulheres, crianças, criminosos", disse.

Inicialmente atribuído a manifestantes irritados com o polêmico filme divulgado na internet "Inocência dos Muçulmanos", considerado ofensivo ao islã, o ataque seria na verdade o resultado de uma operação coordenada, segundo uma fonte americana. De acordo com a fonte da inteligência, extremistas utilizaram manifestantes que protestavam contra o filme como "pretexto" para atacar o consulado com armas de pequeno calibre, mas também com lança-foguetes.

Nesta quinta-feira (13), o polêmico vídeo provocou confrontos diante da embaixada dos Estados Unidos no Cairo. No Iêmen, manifestantes atacaram a embaixada em Sanaa, antes de serem expulsos pela polícia. Uma pessoa morreu. O presidente Obama ligou para as autoridades líbias e egípcias para coordenar uma cooperação após o ataque, que ele chamou de "ultrajante".

O presidente do Congresso Nacional Geral líbio, Mohamed al-Megaryef, pediu desculpas aos Estados Unidos e apontou os partidários do regime derruado de Muamar Kadhafi e a Al-Qaeda como culpados pelo ataque. A Marinha americana enviou dois destróieres às costas líbias, como "medida preventiva".

Apesar da tensão, na quarta-feira a Assembleia Nacional líbia elegeu o vice-premier Mustafah Abu Shagur como chefe de Governo de transição. Sua principal missão será organizar um exército e uma polícia profissionais para enfrentar a escalada da violência.

Confira fotos dos protestos desta quinta-feira

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