As licenças ambientais concedidas a povos indígenas nas zonas ricas em hidrocarbonetos da Bolívia estão travando investimentos e retardando a execução de projetos, com compensações irracionais, afirmou nesta quarta-feira (21) o presidente da estatal de petróleos YPFB, Carlos Villegas, durante ato público, na presença do presidente Evo Morales.

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As normas bolivianas exigem que as empresas privadas de petróleo ou mineradoras negociem com os indígenas para trabalhar em seus territórios indenizando-os por danos ecológicos que possam causar, como parte do Convenio 169 da OIT, Organização Internacional do Trabalho.

Villegas citou como exemplo as prerrogativas concedidas à pequena comunidade guarani Takovo Mora, no departamento de Santa Cruz (leste), que afetam a construção da usina separadora de líquidos de gás Rio Grande, com investimentos de 153 milhões de dólares.

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O projeto Rio Grande está a cargo da binacional boliviano-venezuelana Petroandina e permitirá abastecer o mercado interno, principalmente com gasolina e gás liquefeito de petróleo para uso doméstico, importados atualmente da Venezuela.

Villegas não precisou o montante dos investimentos na produção petrolífera freado por essas licenças ambientais.

Segundo o presidente da estatal YPFB, "devemos buscar novas normas que nos permitam agilizar a execução dos projetos".

A Bolívia conta, oficialmente, com 9,94 trilhões de pés cúbicos de gás, que colocam o país entre as cinco principais nações da região sul-americana possuidoras deste recurso, junto com Venezuela, Brasil, Argentina e Peru.

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