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Um dos líderes do movimento de oposição ao governo na Tailândia foi baleado na cabeça hoje, segundo um assessor dele. A vítima do ataque foi o major-general Khattiya Sawasdiphol, acusado de manter uma força paramilitar entre os manifestantes Camisas Vermelhas.

O assessor que respondeu ao telefone de Khattiya descreveu o ferimento como "grave". A reportagem contatou o telefone do líder, após vários disparos e explosões ocorrerem no centro de Bangcoc, no fim do dia de hoje (horário local), nas proximidades da área ocupada pelos manifestantes. "Seh Daeng foi atingido na cabeça", afirmou o auxiliar, referindo-se ao apelido de Khattiya. O assessor desligou sem se identificar. Não foi possível verificar a alegação de que Khattiya fora atingido por um atirador de elite. Os telefonemas para a polícia e o Exército não foram respondidos.

Vários veículos da imprensa tailandesa informaram que Khattiya foi atingido e levado a um hospital. Ele é um militar renegado, qualificado pelo governo como "terrorista" e a cabeça por trás da violência nos protestos contra o governo.

A informação sobre o ferimento do líder opositor foi divulgada após sons de disparos de armas e pelo menos quatro explosões em Bangcoc. Há a expectativa de que as forças de segurança do governo lancem uma ofensiva para encerrar os protestos. Não estava claro quem realizou os disparos, mas eles ocorreram após o governo informar que imporia um cerco militar na área, a fim de retirar milhares de manifestantes.

Khattiya ajudou a construir as barricadas que paralisam parte do centro de Bangcoc. Ele é acusado de criar uma força paramilitar entre os manifestantes contrários ao governo e se comprometeu a combater o Exército, caso haja a operação contra os Camisas Vermelhas. Khattiya foi suspenso do Exército e suas ações o transformaram em um fugitivo da justiça. Ainda assim, ele anda livremente pela área dos protestos, distribuindo autógrafos a alguns metros de policiais.

Um repórter da emissora TNN informou que a eletricidade acabou hoje na área onde os Camisas Vermelhas protestam, em Rajprasong, uma zona da capital. Os Camisas Vermelhas vêm em boa parte de áreas rurais, exigindo a dissolução imediata do Parlamento. Eles acreditam que o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva chegou ao poder de modo ilegítimo, manipulando o Judiciário e com apoio dos poderosos militares tailandeses.

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