O chefe do Estado-Maior do Exército Livre Sírio (ELS), Salim Idris, assegurou neste sábado (16) que os combates seguirão até a queda do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Em mensagem divulgada neste sábado (16) por ocasião do segundo aniversário do início do levantamento contra o Governo, Idris assinalou que os rebeldes "não cessarão a luta até que se cumpra o sonho de ver um país livre e democrático mediante a queda do regime criminoso".
Para alcançar esse objetivo, o líder dos insurgentes solicitou à comunidade internacional que lhes forneça armas e munição, assim como assistência humanitária e médica para os sírios afetados pela violência no país.
Precisamente, França e Reino Unido tentaram ontem, sem sucesso, convencer seus sócios na União Europeia (UE) a suspender o embargo de armas à Síria, enquanto os Estados Unidos seguem reivindicando garantias de que essas armas não chegarão a extremistas.
Idris lembrou que os protestos explodiram em março de 2011 para pedir reformas de forma pacífica, mas as forças leais a Assad as reprimiram com violência, o que motivou a criação do ELS para, a princípio, proteger os manifestantes.
Além disso, Idris pediu aos membros do Exército sírio que desertem e se unam ao lado insurgente, ao tempo que solicitou a colaboração dos sírios de dentro e fora do país "com todos os meios".
Enquanto isso, os combates e bombardeios prosseguem em diferentes províncias do país, o que só ontem causou a morte de 220 pessoas, entre elas 131 rebeldes e membros das forças do regime, informou hoje o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A onda de protestos nascida há dois anos ao calor da primavera árabe na Síria deu passagem a uma sangrenta guerra civil que já matou mais de 70 mil pessoas.