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Segurança foi reforçada em locais por onde passaria o presidente norte-coreano. Presença de Kim Jong Il no páis não foi confirmada pelo governo chinês | Reuters
Segurança foi reforçada em locais por onde passaria o presidente norte-coreano. Presença de Kim Jong Il no páis não foi confirmada pelo governo chinês| Foto: Reuters
  • Veículo que faria parte do comboio do líder norte-coreano. Kim Jogn Il busca apoio econômico chinês

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Il, chegou a Pequim nesta quarta-feira para conversações que, acredita-se, tenham como objetivo assegurar ajuda econômica da China em troca do retorno norte-coreano às negociações nucleares internacionais.

A visita de Kim é cercada de segredos. Autoridades chinesas recusaram-se a confirmar, pelo terceiro dia, que ele está no país, embora ele tenha sido visto várias vezes por jornalistas desde que chegou à China na segunda-feira, a bordo de um trem especial blindado.

Na noite desta quarta-feira, uma frota de limusines com bandeiras da Coreia do Norte, escoltadas pela polícia foi vista do lado de fora do Grande Salão do Povo, onde, segundo agências de notícias japonesas e coreanas, Kim seria recepcionado com um banquete de boas-vindas antes de uma reunião com autoridades na quinta-feira.

A segurança também foi reforçada ao redor do hotel Diaoyutai, na região oeste de Pequim, onde líderes estrangeiros geralmente se hospedam durante visitas oficiais.

Policiais, soldados e agentes à paisana cercavam o complexo de lagos e vilas do salão do povo. A polícia fechou a rua em frente e estacionou um ônibus no principal portão, para impedir a visão dos jornalistas.

As discussões de quinta-feira devem ser centradas na nova ajuda financeira da China, que já é a principal fonte de alimentos e combustível da empobrecida Coreia do Norte e sua principal proteção contra sanções internacionais mais duras.

A China disse à Coreia do Norte que vai conceder ajuda econômica "suficiente" depois de Pyongyang ter prometido não alimentar as tensões regionais durante os seis meses da Expo Xangai, que foi aberta no último final de semana, disse um ativista de Seul nesta quarta-feira, citando fontes não identificadas em Pyongyang.

"A China precisa acalmar a Coreia do Norte", disse Ha Tae-keung, que dirige a Rádio Aberta para a Coreia do Norte, uma emissora de rádio sediada em Seul especializada em assuntos norte-coreanos.

Kim decidiu visitar a China para obter a reconfirmação de carregamentos de alimentos, que seu país precisa com urgência por causa da crescente falta de comida, disse Ha.

A China é vista como o país que tem a maior influência sobre o regime comunista linha-dura de Kim. O líder norte-coreano visitou a China cinco vezes desde que sucedeu seu pai como governante em 1994. A última viagem foi em 2006.

Os investimentos chineses na Coreia do Norte têm crescido, especialmente no setor de recursos naturais, embora o caos econômico - mais recentemente uma fracassada reforma monetária - limite tais oportunidades.

Temendo uma implosão do regime e um levante em massa em sua fronteira, a China deve concordar com os novos pedidos de ajuda, disse Cai Jian, vice-diretor do Centro para Estudos Coreanos da Universidade Fudan, em Xangai.

Os dois países também devem começar a implementar acordos econômicos assinados durante a viagem do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao à Coreia do Norte no ano passado, disse Cai.

Embora Pequim não faça ligações explícitas sobre as questões, o governo chinês espera que Kim demonstre disposição para voltar às negociações patrocinadas pela China sob as quais a Coreia do Norte concordou em desmantelar seu programa nuclear em troca de ajuda, disse Cai.

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