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crise na líbia

Líderes no leste da Líbia formam Exército voluntário

Estoque de armas e munições tomada por rebeldes em Ajdabiyah, cerca de 800 km a leste da capital Tripoli | Reuters
Estoque de armas e munições tomada por rebeldes em Ajdabiyah, cerca de 800 km a leste da capital Tripoli (Foto: Reuters)

Líderes das forças rebeldes que controlam o leste da Líbia estão formando um Exército de voluntários e desertores, com a intenção de avançar para Trípoli e derrubar o líder Muamar Kadafi, disse um oficial rebelde na terça-feira.

O capitão Faris Zwei afirmou à Reuters que há mais de 10 mil voluntários em Ajdabiyah, cerca de 800 quilômetros a leste da capital, "sem contar os soldados regulares".

"Estamos reorganizando o Exército, que foi quase todo destruído por Gaddafi e sua gangue antes de partirem", disse ele. "Estamos reformando, até onde podemos, o Exército da juventude que participou da revolução."

Ele acrescentou: "Estamos atualmente esperando que Trípoli se liberte, e lhe daremos tempo para ter essa honra". Outros militares dizem que é preciso treinar os voluntários antes de avançar para o oeste.

Zwei não citou número de soldados desertores, mas disse que todas as forças estão sob a égide de um recém-formado conselho militar, com autoridade sobre todas as áreas rebeldes.

O capitão e outras testemunhas relataram bombardeios do governo contra um paiol de munições abarrotado em Ajdabiyah na segunda-feira.

"Bombardearam ontem à noite, mas nada foi atingido", disse Jumah Sayed, um dos civis que se voluntariaram para vigiar o quartel. "Se um desses abrigos fosse atingido, tudo seria destruído num raio de vários quilômetros."

Zwei disse que os pilotos parecem estar errando os alvos de propósito. "Temos completa confiança que a Força Aérea líbia não irá atingir nada que afete seus parentes no leste. E vemos que ela está bombardeando longe dos alvos. Isso é prova de que eles têm honra."

Na semana passada, dois pilotos desertaram e levaram seus aviões para Malta, em vez de cumprirem ordens de bombardear forças rebeldes.

A Reuters visitou 3 dos 35 depósitos de munição no quartel de Haniyeh, onde vários voluntários admitiram não saber como usar as armas disponíveis. A maioria do material militar no local parece estar em bom estado de conservação, embora algumas caixas revelem datas de fabricação da década de 1970.

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