O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta segunda-feira que alguns árabes-israelenses deveriam ser despojados de suas cidadanias israelenses e colocados sob soberania palestina como parte de um acordo final de paz.

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Lieberman fez as declarações antes de uma reunião entre negociadores de paz palestinos e israelenses que vai acontecer ainda nesta segunda-feira na Jordânia, a segunda etapa de conversações após uma interrupção de 15 meses.

Falando aos jornalistas no Parlamento, Lieberman reiterou sua posição de que para resolver o conflito entre Israel e palestinos é preciso redesenhas as fronteiras de Israel para colocar algumas comunidades árabes sob soberania palestina. Em troca, Israel receberia território na Cisjordânia.

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"Qualquer acordo futuro com os palestinos deve conter na fórmula a questão de território e trocas de população", disse Lieberman. "Qualquer outro arranjo é simplesmente suicídio coletivo. Isto tem de estar claro e eu acho que é hora de essas coisas serem ditas."

Lieberman tem apresentado uma série de propostas legislativas que, segundo seus críticos são antiárabes. Dentre elas está a fracassada tentativa de exigir que os israelenses assinassem um juramento de lealdade ou teriam suas cidadanias revogadas.

As negociações na Jordânia tem como objetivo chegar a um acordo para a retomada de negociações amplas. A reunião, realizada da Jordânia, ocorre sob os auspícios do Quarteto para o Oriente Médio, grupo composto pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Organização das Nações Unidas, que espera chegar a um acordo final de paz até o final de 2012.

Lieberman disse que Israel continua comprometido com as negociações de paz e acusou os palestinos de negociarem de má fé. "Está claro que os palestinos vieram para estas negociações contra sua vontade e apenas fizeram isso porque não podiam dizer não ao rei da Jordânia", disse ele.

"Infelizmente, os palestinos estão trabalhando para internacionalizar o conflito e tentar escapar das negociações diretas", afirmou ele. As informações são da Associated Press.

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