A Liga Árabe condenou neste domingo (20) os atos de violência ocorridos durante os protestos contra regimes políticos da região, que começaram no Egito e na Tunísia e se estenderam a vários países árabes. Em comunicado, o organismo condena também "o uso da força contra as manifestações pacíficas", numa alusão ao uso da violência por parte das forças de segurança em alguns países.
A Liga Árabe manifestou ainda pesar pelas "vítimas inocentes" que resultaram dos protestos contra os regimes da Líbia, do Bahrein e do Iêmen. Enquanto, no Bahrein, meia dezena de pessoas foram mortas na sequência dos confrontos que começaram em 14 de fevereiro, na Líbia, segundo a Organização Human Rights Watch (HRW), o número de mortos chega a 173.
A organização, que reúne 22 países árabes, pediu aos governantes das áreas onde há protestos que usem o diálogo, e não a violência para possibilitar a aplicação das reformas exigidas pela população. A Liga Árabe pediu ainda que se evitem "ingerências estrangeiras" neste "período crítico" que a região atravessa.
O mundo árabe está sendo sacudido por numerosos protestos inspirados nas manifestações ocorridas na Tunísia, que resultaram a queda do presidente Ben Ali. O Egito foi o segundo país onde as manifestações levaram à queda do presidente, Hosni Mubarak, que estava há quase 30 anos no poder.
O Iêmen, o Bahrein, a Jordânia, a Líbia e a Argélia têm também sido palco de confrontos nos últimos dias. O último país a juntar-se à onda de confrontos foi o Marrocos, onde milhares de pessoas saíram neste domingo (20) pela primeira vez às ruas para exigir reformas democráticas.
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