Os países árabes não interromperão seus esforços para resolver a crise síria embora a tentativa de receber apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) tenha sido bloqueada por Rússia e China, disse o secretário-geral da Liga Árabe em comunicado obtido pela Reuters neste domingo. Nabil Elaraby também afirmou que o veto de Rússia e China "não nega que haja um claro apoio internacional às resoluções da Liga Árabe", que pretendia obter apoio do Conselho de Segurança da ONU para uma decisão que pedia a renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad, para que as negociações com a oposição pudessem começar. O comunicado da Liga Árabe deve ser emitido oficialmente ainda neste domingo (5). Países do Ocidente e árabes reagiram com indignação depois de Rússia e China terem vetado, neste sábado (4), resolução da ONU baseada na iniciativa de paz da Liga Árabe. Elaraby e o primeiro-ministro do Catar, cujo país chefia o comitê da Liga que acompanha a crise na Síria, falaram aos membros do conselho sobre o plano antes da votação. "A Liga Árabe continuará seus esforços com o governo sírio e a oposição, coordenando com todos os lados relativos à questão da Síria, para concretizar os grandes objetivos para os quais a Liga Árabe está trabalhando", afirmou o comunicado de Elaraby. A Liga citou esses objetivos como encerrar todos os atos de violência e mortes, protegendo os cidadãos desarmados e encontrando uma solução política para permitir reformas que protejam a unidade da Síria "e evite qualquer intervenção militar externa".

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Comunicado O comunicado de Elaraby "expressou esperança de que o governo sírio se atente às exigências de seu povo e encerre a violência e o derramamento de sangue". Ministros da Relações Exteriores se reunirão no dia 11 de fevereiro para discutir a crise síria e "tomarão as decisões apropriadas para lidar com esses acontecimentos, apresentando o assunto novamente para o Conselho de Segurança", informa o comunicado.

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