Brilho característico do luminol| Foto: Reprodução

Nas séries policiais de TV e na vida real, os peritos usam um líquido que mostra resíduos de sangue que parecem invisíveis para elucidar crimes. Pesquisadores da Universidade de Washington descobriram que é possível usar o mesmo líquido para ajudar os médicos a entender uma cena de agressão. Só que nesse caso estamos falando da agressão de células do corpo contra o próprio organismo. Esse fenômeno acontece nas doenças autoimunes. O liquido é o luminol, que através de uma reação química, torna o sangue luminescente facilitando sua visualização. O luminol faz com que áreas do corpo humano que estão passando pro um processo inflamatório agudo também se tornem luminosas, facilitando sua identificação.

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Descoberto nos anos 1930, luminol vêm ajudando os peritos criminais desde então. A substância funciona através do contato com a hemoglobina e outros componentes presentes nas células sanguíneas. A dificuldade de sua utilização em organismos vivos era o fato de que dentro do corpo a hemoglobina está dentro das hemácias, impossibilitando sua exposição ao luminol.

A constatação de que um tipo de célula de defesa, o macrófago, contém compostos que reagem ao luminol, mostrou o caminho aos pesquisadores. Os macrófagos são ativados durante a inflamação e se concentram na região que está sendo atacada por bactéria ou vírus, ou pelas defesas do corpo nas doenças autoimunes.

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O estudo dos processos inflamatórios e seu entendimento é importante pois as reações inflamatórias estão ligadas às doenças cardiovasculares através do estreitamento das artérias e também no desenvolvimento dos tumores malignos. Então essa parece ser mais uma das ocasiões onde a vida imita a arte com uma ajuda da ciência.