O londrinense Rafael Beleboni foi testemunha do terremoto que atingiu a cidade do Haiti. Funcionário da Agência Brasileira de Cooperação, que tem sede na Embaixada Brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti, ele mantém contato através da internet com a mãe, Dora Beleboni, desde que teve que evacuar a sede do prédio brasileiro.
Ele contou estar bem e, em conjunto com outros funcionários, tenta ajudar como pode a população haitiana e também os brasileiros que estão no país.
A reportagem do JL entrou em contato por e-mail com Rafael, mas até o a noite desta quarta-feira ele não havia retornado. A mãe dele contou que ele e os demais funcionários do prédio onde funcionava a diplomacia brasileira tiveram que deixar o local às pressas deixando para trás pertences pessoais, documentos entre outros materiais. "A preocupação agora é que aconteçam saques e muita violência nas ruas da cidade", disse ela.
Rafael também relatou para a mãe que esteve com a doutora Zilda Arns alguns dias antes do terremoto, que causou a sua morte. "Ele disse que conversou com ela e inclusive havia indicado para que ela mudasse de hotel", contou. A médica foi atingida pela queda de uma laje de um prédio onde funcionava um serviço de ajuda humanitária.
Em seu fotolog, ele também publicou algumas fotos que mostram em detalhes os estragos sofridos pela embaixada brasileira e nas ruas de Porto Príncipe.
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