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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira sua visita ao Irã, entre 15 e 17 de maio, e reafirmou o direito da República Islâmica a um programa nuclear para fins pacíficos.

"O Brasil tem soberania de fazer política internacional independentemente do que pensam os outros países", disse em entrevista ao SBT ao comentar as críticas das potências ocidentais à posição brasileira diante do impasse iraniano.

A viagem ao Irã faz parte da estratégia de conquistar para o Brasil um espaço maior no cenário internacional, embora o movimento seja visto com ceticismo por outros países. Na capital Teerã, Lula irá se reunir com o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O Irã está no centro de uma disputa internacional envolvendo seu programa nuclear. Lideradas pelos Estados Unidos, potências ocidentais afirmam que o país busca a fabricação de armas nucleares e defendem a aplicação de uma nova rodada de sanções pela Organização das Nações Unidas (ONU). Teerã nega as acusações.

O Brasil mantém um programa nuclear para fins pacíficos, sobretudo para a geração de eletricidade, tem em sua Constituição um veto ao uso da tecnologia para a construção de armas e defende o mesmo direito ao país islâmico.

"Eu quero para o Irã o que eu quero para o Brasil", disse Lula. "Eu não tenho outro compromisso com o Irã a não ser o compromisso de tentar convencer o Irã de que a paz é melhor do que a guerra."

Lula também destacou a falta de diálogo das grandes potências com o Irã e o isolamento político imposto a Ahmadinejad.

"O que eu acho grave é que nenhuma grande potência até agora conversou com o presidente do Irã. São funcionários de terceiro escalão que estão conversando", disse.

"É preciso fazer um esforço político... As pessoas não conversam quando têm que conversar."

Lula concedeu a entrevista nesta manhã, em Brasília, antes de embarcar rumo a Moscou, na Rússia, onde inicia viagem internacional que, além do Irã, incluirá o Catar.

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