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O presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, telefonou nesta segunda-feira (18) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se colocou à disposição do Brasil para cooperar com a ajuda humanitária ao povo haitiano. Segundo informações da assessoria da Presidência, Lula disse a Obama que a missão brasileira no Haiti está sobrecarregada e que "não pode cuidar de tudo". O telefonema durou cerca de 15 minutos.

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Segundo relato dos assessores, Lula disse que em teoria a distribuição de água e alimentos é de responsabilidade dos haitianos, mas é preciso ver se eles têm condições de fazer essa tarefa. O presidente sugeriu a Obama que é preciso fazer uma coordenação entre os dois países para que Minustah (missão de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti) "não deixe de cumprir suas responsabilidades com a ONU".

A assessoria do Palácio do Planalto informou ainda que Obama disse que Brasil e Estados Unidos têm que se manter unidos, "porque são os dois que têm a maior força militar na área e os dois comandantes [militares] se dão bem e o Brasil tem vantagem de conhecer a geografia, a população e os costumes locais", disse o norte-americano segundo os assessores.

O presidente dos Estados Unidos sugeriu ainda que Brasil, Estados Unidos e Canadá devem liderar a comunidade de doadores junto com outros interessados. Obama lembrou que os ministros de Relações Exteriores têm uma reunião marcada para o próximo dia 25, no Canadá, e que essa seria uma boa oportunidade para coordenar as ações de ajuda ao Haiti.

O norte-americano disse também que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, quer realizar uma reunião entre presidentes na ilha Martinica, território francês no Caribe. Lula disse a Obama que está disposto a participar de qualquer reunião sobre o Haiti, mesmo que precise mudar sua agenda, "pois o Haiti precisa de ajuda", segundo relataram os assessores.

Obama disse a Lula que instruirá sua equipe a manter o diálogo com os brasileiros, porque o "Brasil é o principal parceiro dos Estados Unidos nessa questão", segundo relato dos assessores do Planalto.

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