Ruas da Cidadania e supermercados passam a coletar doações
Os curitibanos que querem fazer doações para ajudar as vítimas do terremoto no Haiti têm novas opções para levar os donativos. Além da campanha do governo do estado iniciada na segunda-feira (18), a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Curitiba também lançou uma campanha de arrecadação de doações. Os alimentos podem ser levados para as Ruas da Cidadania e na sede da Guarda Municipal, na Rua Presidente Faria, 451, no Centro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira em Brasília de homenagem aos 18 militares mortos no terremoto que devastou o Haiti na semana passada.
Com os caixões cobertos com bandeiras do Brasil, os militares foram promovidos em uma cerimônia póstuma que contou também com a presença do vice-presidente, José Alencar, ministros e autoridades.
Lula citou e agradeceu a cada um dos 18 militares que estão sendo velados na Base Aérea de Brasília nesta tarde. Ele se referiu aos militares como "bravos soldados" que morreram "cumprindo a mais nobre missão humanitária" já realizada pelas Forças Armadas brasileiras.
"Estou falando de destemidos compatriotas que chegaram ao Haiti levando a seguinte mensagem àquela gente sofrida: 'vocês não estão sozinhos'", declarou o presidente em cerimônia emocionada na Base Aérea de Brasília.
Após um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, Lula e a primeira-dama, Marisa, cumprimentaram os familiares dos militares mortos.
O velório começou às 16h. O Comandante do Exército, general Enzo Peri, também deve fazer um pronunciamento.
A condecoração, de acordo com o Exército, é concedida aos militares que, em tempo de paz, tenham se distinguido por "atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida" no exercício de suas funções ou no cumprimento de missões. Eles também serão promovidos ao posto imediatamente superior.
Indenizações
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um projeto de lei que autoriza o governo a indenizar as famílias dos militares mortos no terremoto do Haiti em R$ 500 mil. A medida prevê ainda o pagamento de uma bolsa educação de R$ 510 para os dependentes dos soldados, que terão direito ao benefício até completarem 24 anos. A matéria depende da aprovação do Congresso Nacional, que retorna do recesso parlamentar no dia 1º de fevereiro.
A informação sobre a indenização foi repassada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "O presidente deve encaminhar ao Congresso um projeto de lei para autorizar uma indenização às famílias dos militares brasileiros que morreram no Haiti", revelou.
Recursos
O governo federal anunciou que deve emitir medida provisória que libera 375 milhões de reais para os Ministérios da Saúde, Defesa e Relações Exteriores ajudarem o Haiti.
Segundo Padilha, a Defesa receberá 205 milhões de reais, a Saúde 135 milhões de reais e o Itamaraty outros 35 milhões de reais.
Na verba destinada ao Ministério das Relações Exteriores está incluída a doação de 15 milhões de dólares prometida pelo governo brasileiro ao Haiti, logo após o terremoto que deixou em ruínas a capital haitiana, Porto Príncipe, na terça-feira da semana passada.
O montante destinado ao Ministério da Defesa será usado nas operações militares brasileiras no Haiti. O Brasil lidera as tropas militares da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país caribenho, a Minustah.
Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse em entrevista à Reuters que o governo pedirá ao Congresso que aprove o envio de mais 1.300 militares ao Haiti. Inicialmente, o Brasil pretende enviar 900 militares adicionais à Minustah.
Já os recursos que devem ser destinados pela medida provisória ao Ministério da Saúde serão usados na construção de 10 unidades de pronto atendimento (UPAs) no Haiti.
Corpo de PM que trabalhava como voluntário no Haiti é reconhecido
A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) confirmou na tarde desta quinta-feira o reconhecimento do corpo de mais uma vítima brasileira, morta em decorrência do terremoto no Haiti na semana passada. O tenente Cleiton Batista Neiva, 33 anos, estava na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) no momento da tragédia.
Batista havia pedido licença da PM para tratar de interesse particular e, em 2007, viajou ao Haiti para trabalhar voluntariamente como oficial de segurança da ONU.
Ele já havia participado da Missão de Paz brasileira no país entre 2005 e 2006. Por causa do vínculo criado com o país caribenho, o policial decidiu retornar ao país para ajudar o povo haitiano.
Autoridades haitianas estimam que entre 100 mil e 200 mil pessoas tenham morrido por conta do terremoto que devastou o país, o mais pobre das Américas.
Entre os mortos estão 18 militares, além do diplomata Luiz Carlos da Costa, número dois da missão das Nações Unidas no Haiti, e a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
Tragédia continua
No Haiti, trabalhadores cavaram valas comuns ao norte de Porto Príncipe, onde deverão ser enterrados os corpos de mais 10 mil pessoas, ao mesmo tempo em que trabalhadores humanitários alertavam que muitos haitianos estão morrendo pela falta de cuidados médicos. Cerca de 2 milhões de pessoas estão desabrigadas.
Nesta quinta-feira o Haiti também foi atingido por mais dois terremotos secundários, de 4,8 e de 4,9 graus na escala Richter, informou o Centro de Sismologia dos Estados Unidos. Ambos ocorreram perto de onde os tremores anteriores foram registrados e a uma profundidade de cerca de 10 quilômetros, informou o site do Centro de Sismologia dos Estados Unidos (USGS, US Geological Survey). Segundo o site, os tremores ocorreram a cerca de 40 quilômetros a oeste-sudoeste da capital Porto Príncipe. Não existem informações sobre mais danos ou vítimas.
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