O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ampliar os sinais externos de apoio e solidariedade ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmam diplomatas brasileiros. Segundo eles, a prova disso foi a visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cidade iraniana de Isfahan, na semana passada, para acertar a visita do presidente ao país.

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Nas conversas, Amorim definiu a viagem de Lula a Teerã, que deve ocorrer até abril de 2010, e falou do empenho brasileiro em intensificar o comércio e a troca de tecnologias com o Irã.

Contrariamente s críticas, os negociadores brasileiros afirmam que não há receio do governo de que a relação do Brasil com o Irã seja utilizada como moeda pelos iranianos para buscar novos espaços no cenário político internacional.

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A iniciativa de Amorim é uma demonstração, segundo diplomatas que acompanham as negociações, de que o Brasil é favorável a uma abertura de diálogo com o Irã. De acordo com os interlocutores de Lula, o governo brasileiro quer mostrar que apoia o programa nuclear iraniano e o enriquecimento de urânio, desde que com fins pacíficos.

Nos últimos dias, Lula colocou o assunto em pauta em várias conversas bilaterais que manteve com líderes europeus. Segundo os diplomatas, é necessário dar espaço aos iranianos para que demonstrem e provem que sua produção nuclear não precisa ser alvo de suspeitas.

Porém, no último dia 27, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) aprovou resolução censurando a construção de uma usina de enriquecimento de urânio por suspeitar que o programa nuclear iraniano tenha fins militares.

Na sua passagem pelo Brasil, no dia 23, Ahmadinejad negou as acusações e atribuiu s grandes potências as denúncias que levantam dúvidas sobre o objetivo do programa nuclear iraniano.

As usinas que fazem parte do programa nuclear do Irã já foram submetidas a várias inspeções. O governo iraniano é acusado de ocultar o desenvolvimento de pesquisas e a produção de armas nucleares.

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