O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo que chegou ao Haiti por volta das 13h30 (horário de Brasília), fez um sobrevoo de helicóptero pela cidade de Porto Príncipe, acompanhado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, três comandantes militares entre outros ministros.
O presidente Lula afirmou que a situação do país é "muito mais grave do que a gente imaginava" e defendeu o perdão da dívida externa da nação caribenha.Em sua primeira visita ao Haiti desde o forte terremoto de 12 de janeiro, Lula pediu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial anistiem a dívida do país que, segundo ele, seria de 1,3 bilhão de dólares.
De acordo com Lula, a Cúpula das Américas e do Caribe discutiu, durante encontro no México esta semana, uma doação de 100 milhões de dólares ao Haiti.
Em seguida, o presidente foi ao batalhão do Brasil - Brabatt 1 - em companhia do presidente do Haiti, René Préval. Os dois conversam sobre os problemas do país e também sobre as medidas que o Brasil pode oferecer para ajudar o Haiti.
Lula, que almoçou com soldados brasileiros, sobrevoou regiões devastadas pelo tremor e afirmou que o Brasil irá ampliar sua ajuda ao país, "porque as coisas no Haiti são muito mais graves do que a gente imaginava". O Brasil já havia se comprometido com uma ajuda de 375 milhões de reais.
O presidente Lula tem insistido que, qualquer ajuda ao Haiti tem de passar pelo governo daquele país, tudo tem que ser feito em conjunto com o governo eleito do Haiti. Os dois presidentes devem assinar atos internacionais e, depois, darão entrevista e visitarão a sede do Viva Rio, no Haiti.
Depois da reunião, Préval e Lula vão assistir ainda a uma formatura das tropas brasileiras no Haiti. Ao todo, 1.266 homens das Forças Armadas estão no primeiro batalhão. Outros 400 chegaram há duas semanas para o segundo Batalhão, que terá outros 1.200 homens, ao todo.
Proposta de ação na saúde
O presidente Lula disse nesta quinta-feira que está levando uma proposta cubana para a área de saúde do Haiti e que, em breve, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, vai conversar com autoridades cubanas para que possa ser construído um programa de ação para ajudar os haitianos a reconstruir sua estrutura de política de saúde.
"Foi muito importante essa viagem (a Cuba) para que pudéssemos aprofundar um pouco a política de solidariedade de Cuba e Brasil e o que os outros países da América Latina podem fazer pelo Haiti", disse Lula, em entrevista à imprensa cubana na manhã desta quinta-feira, em Havana, antes de embarcar para o Haiti.
"Para nós brasileiros, é muito importante (a ajuda de Cuba) porque sabemos que os cubanos, dentre todos os povos do mundo, possivelmente são os mais especialistas em solidariedade. São os mais preparados e, portanto, queremos construir juntos aquilo que for possível fazer para devolver esperança ao povo do Haiti", completou Lula.
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