Em uma tentativa de diminuir a tensão entre Venezuela e Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o presidente venezuelano, Hugo Chávez, na tarde desta quinta-feira (27) para tratar da reunião da Cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que será realizada nesta sexta (28) na Argentina.
Chavez disse que estava disposto a guerrear com a Colômbia se fosse fechado um acordo com os Estados Unidos para instalação de sete bases militares norte-americanas no país vizinho. O acordo foi assinado na semana passada.
No telefonema, que durou cerca de 30 minutos, Lula disse que a Cúpula da Unasul era uma oportunidade para fortalecer a integração da região e debater temas relacionados à segurança do continente.
O presidente disse a Chávez que é possível sair do encontro com medidas concretas para construção da confiança entre os países, como o fortalecimento do Conselho Sul-Americano de Defesa.
Para Chavez, Lula argumentou que essa seria uma chance de ter informações sistematizadas dos outros países em matéria de defesa e segurança. Segundo relato de assessores do Palácio do Planalto, Chávez concordou com a posição de Lula e disse que também vê a oportunidade para dar capacidade à região de administrar temas importantes dos países envolvidos.
Na sexta-feira (28), antes de participar da reunião de cúpula com os outros chefes de Estado, o presidente tomará café da manhã com Chávez. O objetivo é aproximar as posições de Brasil e Venezuela e evitar que a reunião se torne palco de debate e aumento das tensões entre os países.
Nesta quarta-feira (26), o porta-voz da presidência da República, Marcelo Baumbach, disse que a visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o assessor especial do presidente para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, ao Equador e a Colômbia serviu para reduzir as tensões e pacificar os ânimos antes da reunião da Unasul.
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