O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (25) a prisão de três generais da aeronáutica que pretendiam sublevar a força aérea contra o governo.
"Na noite de ontem capturamos três generais da aeronáutica que estávamos investigando graças à poderosa moral de nossa Força Aérea Nacional Bolivariana", disse Maduro no início de uma reunião de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
"Três generais que pretendiam sublevar a Força Aérea contra o governo legitimamente constituído, todos estão às ordens dos tribunais militares", acrescentou.
Maduro afirmou ainda que os militares foram descobertos graças à "consciência dos oficiais", dos mais jovens e dos menos jovens. "Todos, todos vieram alarmados denunciar que estavam convocando um golpe de Estado", explicou.
O líder venezuelano declarou que os generais detidos têm "vínculos diretos com setores da oposição" e que diziam que esta "era a semana decisiva".
Maduro fez sua declaração diante dos chanceleres de uma missão de Unasul que chegou hoje ao país para "acompanhar, apoiar e assessorar" o diálogo político lançado pelo governo venezuelano para superar o clima de crise pelos protestos contra o país.
Entre os chanceleres estava o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, assim como o secretário de Unasul, o venezuelano Alí Rodríguez.
A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma onda de protestos com um balanço de 35 mortos, centenas de feridos e quase dois milhares de detidos, a maior parte já em liberdade graças a medidas cautelares.
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