Nicolás Maduro e Raúl Castro assinaram 51 projetos de colaboração no valor de quase US$ 1 bilhão| Foto: Reuters

Os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e da Venezuela, Nicolás Maduro, reforçaram ontem, em Havana, a "aliança estratégica" criada há 12 anos por seus antecessores, o ditador Fidel Castro e Hugo Chávez, morto em março passado. Os dois assinaram 51 projetos de colaboração no valor de quase US$ 1 bilhão.

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Os acordos estão dirigidos às áreas de saúde, educação, transporte, esporte, energia e missões sociais. Os presidentes ratificaram sua decisão de manter sua aliança, que mantém a Venezuela como maior parceiro econômico, comercial e político de Cuba.

Sob o mandato de Chávez, a Venezuela se transformou em um aliado vital para Cuba, e ambos os governos mantêm desde o ano de 2000 um convênio que abrange acordos de todo tipo, incluindo um energético, pelo qual Cuba recebe 100 mil barris diários de petróleo.

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Cuba paga parte desse petróleo com os serviços prestados na Venezuela por 32 mil médicos e técnicos de saúde, assim como outros profissionais de educação, esportes e assessores em diversos planos sociais.

O venezuelano, cuja relação com Cuba foi fortemente criticada pela oposição, disse que viajou a Havana para "ratificar com muita força nossa união" e assegurou que "Cuba e a Venezuela vão seguir juntas trabalhando". Trata-se de "uma aliança estratégica que transcende os tempos, que, mais do que uma aliança, é uma irmandade", disse.

Castro, por sua vez, reiterou "a vontade inabalável de Cuba de continuar a cooperação solidária com a Venezuela, decididos a compartilhar nosso destino com o heroico povo venezuelano".

Fidel

Maduro ainda se encontrou, por cinco horas e meia, com Fidel, 86, que está afastado do poder desde 2006.

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"Estivemos por cinco horas com Fidel conversando, lembrando o comandante Chávez, lembrando que eles dois constituíram esta relação [entre Cuba e Venezuela] que vai além de uma aliança estratégica. É uma relação de irmãos, uma família América Latina e Caribe", disse Maduro à imprensa.

Maduro fez as breves declarações depois de colocar flores no monumento do herói cubano José Martí e antes de se reunir com Raúl Castro no Palácio da Revolução.

Cuba é o segundo país a ser visitado por Maduro após sua eleição como presidente por uma estreita margem (50,66% a 49,07%) no dia 14 de abril, em eleições impugnadas pelo opositor Henrique Capriles, que também critica o governo chavista por sua estreita relação político-econômica com Havana.

Maduro prometeu durante a campanha eleitoral que permaneceria firme junto a Cuba e disse que inclusive reforçaria a relação bilateral, o que ratificou ao assumir a Presidência, no dia 19 de abril.

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