A dona de casa Luiza Sandra Bastos Vidal, mãe do estudante brasileiro Matheus Henrique Marioto, de 23 anos, desaparecido há uma semana, depois de mergulhar em um lago durante uma festa de música eletrônica na Suíça, gostaria de acompanhar as buscas pelo filho, mas faltam condições financeiras para a viagem. O jovem morava há dois meses na Alemanha, onde ficaria em intercâmbio por um ano. A polícia faz buscas com barcos e mergulhadores à procura do estudante. O Consulado Brasileiro em Zurique e o Ministério das Relações Exteriores acompanham o caso. Os pais moram em Assis, no interior de São Paulo.
Matheus foi a uma excursão, na sexta-feira (1.º), com um grupo de brasileiros a Suíça para participar da festa anual de música eletrônica, às margens do lago Zurique, sobre a ponte Quaibrucke. Testemunhas contaram à família, que soube do desaparecimento de Matheus no domingo (3), quando ele estava no lado sul da ponte quando mergulhou.
"Eu queria muito estar perto, acompanhar as buscas pelo meu filho lá na Suíça, mas faltam condições financeiras. A Unesp nos ofereceu passagem. Só que dependem de condições para ficar lá, se hospedar e até de alguém nos acompanhar e ajudar na comunicação na Suíça", diz a mãe, que é dona de casa.
Abalada, ela conta que o filho sabe nadar e acredita que ele perdeu a memória. Ela falou com Matheus pela última vez na véspera da festa e lembra que o jovem estava bastante feliz.
"Ele é um menino correto, instruído, sabe o que faz. Se ele entrou para nadar, sabia que estaria seguro. Ele não entraria no lago se não tivesse certeza disso. Para ele não entrar em contato, acho que aconteceu algo e meu filho perdeu a memória. O Matheus é muito responsável e saberia como entrar em contato com a gente, mesmo se estivesse perdido", disse Luiza. O marido, Marcos, trabalha como motorista.
A "Street Parade" de Zurique é considerada a maior festa de música eletrônica da Europa.
Em nota, a agência de intercâmbio Aiesec disse que, desde junho, Matheus fazia um estágio na área de Tecnologia de Informação na empresa Code4Business, em Aachen. "Solidários com o ocorrido, os escritórios da Aiesec da Alemanha, Suíça e Brasil estão ajudando na comunicação entre a embaixada brasileira em Zurique, as autoridades locais e a família do rapaz", diz a nota.
A Unesp, onde o aluno participa do programa de mestrado em Ciência da Computação, também se manifestou por meio de nota. "A Unesp, embora não seja responsável pelo intercâmbio do aluno, em solidariedade à família, vem prestando apoio, inclusive colocando a assistente social do campus de São José do Rio Preto à disposição neste momento difícil", informou a universidade.
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