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Polícia anti-protestos acompanha manifestação pró-curda em cidade no sudeste do país. | ILYAS AKENGIN/AFP
Polícia anti-protestos acompanha manifestação pró-curda em cidade no sudeste do país.| Foto: ILYAS AKENGIN/AFP

As autoridades turcas demitiram mais de 10 mil funcionários públicos desde o início das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de julho passado, informaram no sábado dois decretos, que anunciaram também o fechamento de vários meios de comunicação pró-curdos.

Um total de 10.131 funcionários do Estado, principalmente dos ministérios da Educação, Justiça e Saúde, foram despedidos, segundo os decretos publicados na noite de sábado no Diário Oficial. Outros funcionários já tinham ficado sem trabalho no país desde antes do início das investigações, devido aos expurgos após o golpe fracassado de 15 de julho.

Estes decretos anunciam também o fechamento de 15 meios de comunicação, em sua maioria pró-curdos, e a supressão das eleições para o reitorado nas universidades. A partir de agora, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, vai escolher os reitores entre os candidatos selecionados pelo Conselho de Ensino Superior (YÖK).

A Turquia está em estado de emergência desde a tentativa de golpe de Estado. As autoridades turcas acusam um pregador muçulmano exilado nos Estados Unidos, Fethullah Gulen, de planejar o golpe. Ele nega qualquer envolvimento. Neste domingo, um grupo de pessoas foi às ruas em Diyarbakir, no sudeste do país, em uma manifestação de apoio aos curdos.

Desde 15 de julho, mais de 35.000 pessoas foram presas na Turquia e dezenas de milhares de professores, policiais e magistrados, despedidos ou suspensos dos seus cargos.

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