Mais de 200 "indignados" mantinham nesta segunda-feira, pelo terceiro dia consecutivo, seu acampamento em frente às escadas da catedral de St. Paul, no coração de Londres, decididos a continuar indefinidamente seus protestos contra a crise e o sistema financeiro mundial.

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Após passar uma segunda noite em suas barracas, os manifestantes conversavam e bebiam chá sob um tímido sol de outono enquanto banqueiros, advogados e outros executivos se dirigiam aos seus locais de trabalho no primeiro dia útil desde o início do protesto.

"Capitalismo é crise", dizia um grande cartaz preso nas cerca de 70 barracas, enquanto em uma parede podia-se ler "Praça Tahrir", comparando o local à grande esplanada do centro do Cairo onde os contínuos protestos de milhares de manifestantes derrubaram do poder o presidente egípcio Mubarak no início do ano.

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Assim como os egípcios, os "indignados" londrinos, que iniciaram sua mobilização no sábado, anunciaram sua intenção de continuar a ação "pelo tempo que for necessário".

"Embora estejamos em uma democracia, a maioria das pessoas tem a impressão de que sua voz não é ouvida", explicou Danielle Allen, uma professora desempregada de 25 anos. "Estamos tentando educar as pessoas e mostrar a elas quão corrupto é o sistema bancário", acrescentou.

A maioria dos transeuntes mostrava-se nesta segunda-feira solidária com os manifestantes, mas outros, como o broker David Gregory, entraram em grande discussão com eles.

"Estão muito equivocados!", disse. "Todos se queixam dos banqueiros", mas as pessoas como eu "estão pagando todas as contas", acrescentou. E dirigindo-se aos manifestantes, muitos deles estudantes ou desempregados, perguntou: "Quantos impostos vocês pagam?".

O acampamento começou no sábado, durante uma manifestação convocada pelo grupo "Occupy LSX" - inspirado no movimento anti-Wall Street nos Estados Unidos - que reuniu entre 2 e 3 mil pessoas em Londres no âmbito do primeiro dia de protesto planetário do movimento dos "indignados".

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