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Três hospitais próximos a Damasco relataram 355 mortes depois de um suposto ataque químico na última quarta-feira (21), que levou a 3.600 admissões nos hospitais com sintomas neurotóxicos causados por gás, informou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) neste sábado (24).

"Os sintomas reportados dos pacientes, além do padrão epidemiológico dos eventos - caracterizado pelo influxo massivo de pacientes num curto período de tempo, a origem dos pacientes, e a contaminação de trabalhadores de assistência médica e de primeiros socorros - indicam fortemente a exposição em massa a um agente neurotóxico", disse o diretor de operações do MSF, Bart Janssens, em comunicado.

Segundo Janssens, a MSF não poderia confirmar a causa dos sintomas ou dizer quem foi o responsável pelo ataque, mas que tinha enviado 7.000 frascos de atropina, um antídoto contra agentes nervosos. "Isso constituiria uma violação do direito internacional humanitário, que absolutamente proíbe o uso de armas químicas e biológicas", ressaltou ele.

Os Estados Unidos advertiram sobre a possibilidade de uma eventual intervenção militar na Síria caso seja confirmado que houve um ataque químico. Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama se reuniu com conselheiros de Segurança Nacional as ações que poderão ser realizadas no país do Oriente Médio.

A oposição síria acusou as forças do governo de lançaram gases mortais, na quarta-feira, em subúrbios controlados pelos rebeldes em Damasco, matando homens, mulheres e crianças que dormiam.

Estimativas da oposição para o número de mortos variam de 500 a bem mais do que mil, mas como observadores da ONU ainda não conseguiram visitar o local, não houve uma verificação de órgão independente.

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